O auditório do Pelotas Parque Tecnológico lotou na tarde desta quinta-feira (7) durante o lançamento do Robopel 210, evento de tecnologia, robótica e criatividade para estudantes. Na data de aniversário da cidade, a cerimônia contou com presença de autoridades, centenas de estudantes e teve direito a parabéns à Princesa do Sul e distribuição de queques, o tradicional bolinho pelotense. As atividades presenciais continuam nesta sexta e, até o final do mês, seguem com oficinas em formato virtual.

O momento de retomada das atividades presenciais foi um dos destaques em todos os discursos durante a abertura. A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) reforçou o papel das parcerias entre diferentes instituições que culminaram nesta quinta edição do Robopel, a primeira em formato híbrido. Em 2020 e 2021 o evento foi totalmente virtual. A diretora executiva do Pelotas Parque Tecnológico, Rosâni Boeira Ribeiro, lembrou da importância da volta do contato presencial para fomentar a curiosidade entre os jovens. "É um grande desafio educacional", ressalta.

Professora e uma das organizadoras do Robopel, Kelen Bernardi comenta que escolas públicas são a grande maioria entre as participantes, mas há ainda instituições particulares. Os estudantes são de todas as idades, desde os anos iniciais do Ensino Fundamental até os últimos do Médio. Ela celebra o encanto que esse primeiro contato com a ciência prática gera no público mais jovem. "Depois de dois anos tão difíceis, a retomada, o encontro é encantador", ressalta, destacando ainda que o Robopel traz atividades ligadas à arte, à cultura e à conscientização ambiental.

Fomentando o interesse
Uma das atividades propostas no primeiro dia, voltada à área artística e ambiental, foi a confecção de brindes, como ecobags e canecas personalizadas. As oficinas são ministradas por estudantes. O jovem Henrique Ribeiro, 17, da escola Nossa Senhora de Lourdes, destaca que o gosto pela arte é importante para fomentar a curiosidade, algo que era notável nos pequenos. "É legal voltar a interagir com as pessoas", avalia.

Em outra oficina, o doutorando em Computação pela UFPel, Dirceu Maraschin, ensinou a montar circuitos de papelão, que consistem em criar uma arte e, nela, utilizando fita condutiva e interruptor, juntos a um Led, é possível ligar e desligar. São materiais básicos, baratos, sem riscos e que despertam a curiosidade. Em fase tão avançada de estudos, ele destaca que é encantador ver este primeiro contato com a ciência por parte dos mais novos, aprendendo teoria e prática. "Eles ficam bem animados de levar o projeto para casa", considera.

Vindo de Pedro Osório, o trio de amigos Elizabeth Fraga, Ben Hur Moraes e Antonia Cardoso, do oitavo ano do Colégio Estadual Getúlio Vargas, desenharam o personagem Wall-E no seu circuito e trocaram ideias até chegar à solução. "É muito legal, uma experiência incrível", destaca Elizabeth.

Fomento à curiosidade na retomada
A professora Kelen aponta que já antes da pandemia era difícil reter a atenção dos alunos. Agora, após dois anos de aulas virtuais, torna-se ainda mais desafiador. "A aprendizagem criativa é muito necessária", pondera, ressaltando que há ainda uma grande lacuna de aprendizagem e é importante, ainda, cuidar para não sobrecarregá-los nesta retomada do presencial.

Sandra Kopp, do Instituto de Menores Dom Antônio Zattera, diz que as oficinas despertam interesse e, mesmo tendo aulas de informática na instituição, o contato com novas tecnologias encanta os pequenos, de 8 e 9 anos de idade, que acabam interagindo, trocando informações e se encantando com as novidades. "É maravilhoso", encerra.

Atividades virtuais
Entre os dias 11 e 29 com transmissão pelo YouTube do Parque (bit.ly/youtube-PPT) e na rede de televisão através do canal da TV Câmara Pelotas.

Confira a programação:
11- Modelo de Ensino Híbrido Laboratório Rotacional na Prática (Adriane Carrilho Esperança e Letícia Fonseca da Silva)
13- Meu Primeiro Aplicativo e segunda oficina: Criação do Mascote Robô (Cris Elena Padilha da Silva)
15- Criação do Mascote Robô (Helena Vieira da Costa e Vitória Rivaroly Mielke)
18- Análise Contextual e a Produção de Conteúdos Online (Douglas de Oliveira)
20- Pintando o sete com eletricidade (Alexandre Bastos)
21- Construindo relação espaço temporais a partir do globo virtual (Erika Collischonn, Caio Bedaque Barbosa e Guilherme Martins)
22- Arte aplicada à Educação Profissional, práticas inclusivas com foco na Deficiência visual, (utilizando o Meet e o google sala de aula). (Sandra Lopes)
25- Pevitro com Clubeecraft (Lenir Maria Rossarola e Georgia Stella Ramos do Amaral)
27- Estúdio de vídeo do Canva (Lenir Maria Rossarola e Georgia Stella Ramos do Amaral)
28- Atividade desplugada com placas coloridas (Lenir Maria Rossarola e Georgia Stella Ramos do Amaral)
29- Livro de Artista: escrita e arte (Augusto Lettini, Brenda Costa, Luísa Brisolara e Mariana Costa)